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A Tecnologia Tem Limite?


diraol

Pergunta

O texto é meio antigo, mas vale a pena a leitura. Para quem ainda não sabe se os "GHZ" fazem diferença em um processador reparem na parte destacada do texto....

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A ciência até consegue fazer chips mais velozes, mas o maior fabricante, a Intel, desiste de explorar novos limites

Os computadores pessoais vendidos corriqueiramente nas lojas atualmente são capazes de realizar mais de 3 bilhões de operações por segundo. Teoricamente, a possibilidade de alcançar velocidade cada vez maior não tem limites. Na prática, as coisas estão saindo um pouco do enredo. Recentemente, o maior fabricante mundial de chips de computador, a Intel, jogou a toalha. O presidente da empresa, Craig Barrett, anunciou o cancelamento da nova versão do Pentium 4. Um dos mais aguardados microprocessadores do mercado, o chip rodaria a uma freqüência de 4 gigahertz, o que significa a capacidade de realizar 4 bilhões de operações por segundo. Durante mais de duas décadas, a Intel nunca falhara na produção periódica de chips cada vez mais velozes. O anúncio da Intel foi solene. Barrett, com seu proverbial bom humor, ajoelhou-se diante de seus colegas executivos e pediu desculpa pelo cancelamento dos projetos do superchip.

O limite encontrado pela Intel não significa exatamente que a tecnologia de miniaturização bateu com a cabeça em muro de concreto. Não. Em laboratórios, os chips continuam sendo feitos com circuitos cada vez mais delgados. Alguns já se aproximam de fiações que têm a largura de um único átomo. Nem a barreira atômica assusta os cientistas, pois os chamados chips quânticos – feitos com fiações menores do que o átomo – podem ainda ser viabilizados. O limite anunciado pela Intel é fruto de uma intrigante charada. O.k., os chips podem ficar ainda menores, mas, ao ser miniaturizados, eles esquentam demais – e isso exige ventiladores maiores e até radiadores a água para resfriá-los. Podem ficar mais poderosos – porém isso exige que eles sejam alimentados com baterias mais eficientes, o que, no atual estágio tecnológico, se traduz por baterias maiores.

Portanto, de que adianta miniaturizar ainda mais os chips se eles precisam para funcionar de baterias volumosas e de complexos e pesados sistemas de resfriamento? A saída mercadológica sugerida pela Intel é a atualmente adotada pela Apple, fabricante dos computadores Macintosh: instalar placas não com um, mas com dois chips. Trabalhando em conjunto, eles dobram a capacidade de processamento dos computadores sem a necessidade de bilionários investimentos em pesquisa e fábricas capazes de encapsular mais e mais transistores em uma única peça. Em 1971, o primeiro chip de computador abrigava cerca de 2.000 transistores em um espaço do tamanho de uma unha do dedo polegar. Quanto mais transistores em um chip, maior é sua capacidade de processamento de dados. Os microprocessadores atuais contêm até 400 milhões de transistores.

Durante as duas últimas décadas, a cada dezoito meses, em média, a indústria colocou no mercado chips que dobravam a capacidade de processamento de seu antecessor – ao mesmo tempo que mantinha seu preço ou o elevava ligeiramente. A esse comportamento constante se deu o nome de Lei de Moore, em homenagem a seu formulador, o lendário engenheiro Gordon Moore, um dos fundadores da Intel. A Lei de Moore foi revogada com a decisão da Intel de cancelar o novo Pentium 4? Os especialistas reconhecem que na prática a Intel e suas concorrentes estarão incapacitadas de continuar produzindo peças cada vez menores e com o mesmo custo. Quanto ao limite físico dos chips, ainda existe uma avenida pela frente. "Nos últimos vinte anos, ouvi mais de vinte vezes que a Lei de Moore ia acabar e que, em algum momento, nós íamos realmente chegar ao limite. Mas, a meu ver, o esgotamento só deverá ocorrer em 2018", disse a VEJA, na quinta-feira passada, Dave Gonzales, diretor de marketing da Intel para a América Latina. O executivo, obviamente, reconhece a mudança na estratégia da empresa e completa: "Hoje, nosso foco não é apenas a velocidade do chip, mas outros atributos, como a memória, que trarão mais eficiência aos computadores".

A produção de microprocessadores é um campo avançado da tecnologia, mas os fundamentos da Lei de Moore dizem respeito tanto à técnica quanto à economia. Durante anos, as empresas de computação, com a Intel à frente, apostaram continuamente na produção de equipamentos cada vez mais velozes. A equação era simples: a cada novo lançamento no mercado, milhões de dólares entravam em caixa, o que possibilitava o financiamento de linhas de pesquisa de novos produtos. Esses produtos, por sua vez, também ganhavam as prateleiras, rendiam ainda mais dinheiro para as companhias e sustentavam, assim, a geração contínua desse ciclo não importava a que custo. Nos últimos três anos, o mercado esfriou. Mesmo empresas do porte da Intel, que fatura 30 bilhões de dólares por ano e investe 4,4 bilhões em pesquisa e desenvolvimento, tiraram o pé do acelerador. "Hoje o clima é de apreensão e ceticismo, em razão de expectativas de mercado que não se confirmaram", analisa Válter Moreno, coordenador do curso de sistemas de informação do Ibmec-Rio de Janeiro.

Ultimamente, questiona-se até mesmo se é vital ter computador pessoal de complexidade crescente. Qual a diferença, para um aluno que usa o micro apenas para pesquisas na Internet, se sua máquina tem 1 ou 3 gigahertz de velocidade? É bem provável que ele não utilize nem a décima parte do que computadores desse porte podem processar. Em maio do ano passado, o professor americano e mestre em administração Nicholas Carr escreveu um polêmico artigo na Harvard Business Review. Segundo Carr, as inovações da chamada tecnologia da informação não têm, nem de longe, a importância de algumas das transformações ocorridas no mundo no século XIX, como a criação do motor a combustão ou da rede sanitária. "Pergunte a si mesmo sem o que você não conseguiria viver: um computador ou um banheiro? Uma conexão à Internet ou uma lâmpada?", provocou Carr, atraindo a ira de alguns dos principais executivos de informática em todo o mundo. Entre eles, o próprio Craig Barrett, que chegou a responder ao artigo do professor de Harvard.

Quando uma empresa desse porte pisca, a concorrência se anima. No caso da Intel, que domina 80% do mercado mundial de microprocessadores, serviu de estímulo a companhias menores, como a Advanced Micro Devices (AMD), que havia alguns anos já apostavam que a velocidade do chip não seria, no futuro, o principal diferencial do produto. Hoje, sabe-se que existem cerca de vinte características dentro dos processadores que podem melhorar sua performance sem que seja necessário avançar na velocidade do chip. "É como se, em um carro, você não aumentasse a potência do motor, mas melhorasse sua aerodinâmica e saísse de fábrica com rodas mais leves", diz Emílio Gimenez, gerente de desenvolvimento de negócios da AMD para a América do Sul. Há três anos, a empresa abandonou o foco na velocidade dos chips, apostando na pesquisa de outras estratégias, como a colocação de dois processadores em uma mesma máquina, e agora colhe os frutos. Atualmente, a AMD detém 44,5% da participação no mercado brasileiro de microprocessadores.

A discussão sobre o futuro dos computadores está diretamente ligada à saúde do setor no mundo dos negócios. Hoje, o mercado de tecnologia da informação já alcançou a cifra de 1 trilhão de dólares e responde, sozinho, por 10% da economia dos Estados Unidos. Empresas como IBM e Microsoft e a própria Intel lideram a corrida nas áreas de pesquisa e desenvolvimento, em uma guerra comercial cujo objetivo é o lançamento de produtos antes da concorrência. É essa disputa que tornará viável, ainda por alguns anos, a permanência da regra criada por Gordon E. Moore. Pelos padrões tecnológicos atuais já é possível criar em laboratório protótipos de chips com velocidade de até 10 gigahertz. Quando o limite será atingido é difícil precisar. Conclui Luiz Felipe Magalhães, professor do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação da Coppe-Universidade Federal do Rio de Janeiro: "Sabe-se que é quase impossível um atleta correr os 100 metros rasos abaixo dos oito segundos. Mas até este limite os recordes continuarão a ser batidos".

O roadmap da intel ainda diz que a intel não vai produzir ainda os famosos pentium 4 de 4000 mhz por que esta sendo inviavel ate mesmo no final de 2005 não sera produzido

Todas essas fontes foram tiradas do site da anandtech

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Texto retirado do fórum Adrenaline

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5 respostass a esta questão

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  • 0

ow.....mas isso é verdade heim.......pra q eles aumentarem a velo se vai esquenta tanto???????

e tb..gastar mais energia...o q leva a ter otra fonte..ou otra bateria no caso não é?....hehehe........porque esses mao de vaca não dividem os trampo, e vao pesquisar esses outros requisitos??

seria uma boa e cara solucao tb não é?........hehehehehehehe

abrassssss!!!!

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Struter, não é tão cara assim......

a AMD já faz isso a alguns anos........ e veja no que deu, hoje ela tem um processador de 64 bits que roda com cerca de 2Ghz que é mais rápido que o Pentium IV de 4Ghz (que virou edição limitada, como dito no texto)................

A própria intel já sabia desse futuro.... Veja por exemplo os CELERON e os PENTIUM, ambos da Intel.... um CELERON com a mesma velocidade de um PENTIUM não tem um rendimento inferior a 50% do Pentium.......

Existem fatores como o "BUS", tecnologias SSE, MMX, e outras.... largura de banda...... e por ai vai...............

e mais....... do que adianta gastar uma p**a grana em um P4 de 4Ghz e não ter grana pra comprar outros componentes de mesmo desempenho..... computador é mais que processador, é conjunto!!!!!!!!!!

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Correção: Essa matéria saiu na Veja.

Isso mesmo! wink.gif

Por incrível que pareça, li ela na padaria aqui perto. blink.gifph34r.gif

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Bem, isso e não sabia, eu peguei esse texto no adrenaline... tongue.gif

mas bom saber, valeu pela informação.. biggrin.gif

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